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    Desafios na educação bilíngue de surdos: relações que professores estabelecem com o ensino de língua portuguesa escrita para surdos

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    Apenas em tempos recentes, foram propostas ações, voltadas à promoção de mudanças nas relações sociais com as pessoas com deficiência em uma perspectiva inclusiva. Em relação ao surdo e a surdez, do ponto de vista histórico, as percepções deslocam-se da concepção de surdez como doença para a ideia de diferença, oscilando entre a caracterização da surdez como restrição e o reconhecimento de educabilidade e potencialidades do sujeito surdo. A busca de metodologias, estratégias e atendimento educacional, voltados especificamente para surdos, exemplificam os avanços dessa discussão. No contexto escolar é relevante compreender a visão que professores têm do surdo, da sua participação nas atividades escolares e das formas específicas de ensino. Este artigo reflete sobre esse cenário e, de forma mais específica, sobre professores que atuam com alunos surdos em situação de inclusão e quais relações estabelecem com o ensino de LPE para alunos surdos. Analisam-se, em uma perspectiva exploratório descritiva, narrativas de professores que atuam com alunos surdos nos anos iniciais de redes municipais da Baixada Fluminense. As categorias de análise se organizam a partir de dois eixos: informações sobre a aprendizagem escolar de surdos, e as articulações entre crenças e percepções sobre a aprendizagem de alunos surdos. Utilizam-se os princípios da pesquisa-ação, analisando narrativas de professores. As narrativas apresentam elementos que evidenciam as percepções dos professores sobre o ensino e a aprendizagem de alunos surdos em contexto de inclusão, apontando para o papel que a escola exerce no aprendizado do aluno surdo e as questões que envolvem os saberes e os fazeres pedagógicos dentro do contexto escolar.  Palavras-chave: Alunos surdos. Ensino de língua portuguesa escrita. Relações

    A EDUCAÇÃO DE SURDOS EM DUQUE DE CAXIAS: MARCOS HISTÓRICOS

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    DOI: 10.12957/periferia.2016.27913Este texto aborda, a partir de uma perspectiva histórica, a educação de surdos no município de Duque de Caxias, RJ, especialmente em termos do atendimento educacional voltado para esse público. Tem-se como objetivo analisar o processo de constituição da educação de surdos em Duque de Caxias e específicos: apresentar os principais marcos da educação especial; apontar as legislações e políticas nacionais da educação especial e educação de surdos; e descrever o processo de organização da educação de surdos no município. Como metodologia usa-se análise documental e estudo bibliográfico com base em documentos oficiais nacionais e internacionais e documentos referentes à educação de surdos específicos de Duque de Caxias. Conclui-se que Duque de Caxias apresenta uma organização da educação de surdos que se preocupa em seguir os preceitos presentes nos documentos norteadores da educação especial na esfera internacional e, no âmbito nacional, cumpre as determinações legais e aplica as políticas voltadas para o atendimento de alunos surdos.</p

    A Universidade como espaço de diálogo com as diferenças e os diferentes: análise de uma experiência com alunos de Pedagogia

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    Este texto analisa articulações entre universidade, enquanto instituição social promotora de aproximações entre as diferenças e os diferentes, e a formação de professores na perspectiva da inclusão. Investiga-se o lugar das disciplinas que tratam da inclusão no currículo de Pedagogia e como estas contribuem para um olhar menos preconceituoso especialmente em relação aos surdos e à surdez. Para isso, investigam-se, em uma perspectiva exploratória, as concepções de estudantes de Pedagogia da Faculdade de Educação da Baixada Fluminense – UERJ. Elege-se como matriz teórica principal Gesser (2009), especificamente quanto aos mitos e preconceitos em torno da língua de sinais e da realidade surda. Os dados, coletados a partir de formulário eletrônico, respondido por 107 sujeitos, foram distribuídos em 2 grupos: o dos que já cursaram Educação Especial e Inclusiva e Libras; e o dos que ainda não. As análises estão organizadas nas seguintes categorias: ideias sobre inclusão; ideias sobre o surdo e a surdez; e ideias sobre Libras. Os dados apontam diferenças entre os dois grupos. O primeiro aponta para uma visão sócio-antropológica, que reconhece o surdo como sujeito diferente. O segundo, para uma visão clínico-terapêutica da surdez, marcada principalmente pela ideia de deficiência e da Libras como mímica ou gestos. Neste sentido, a Universidade enquanto instituição social, mobilizadora e promotora da melhoria da condição humana, se constitui como uns lócus inclusivo que tem como eixo estruturador das suas práticas o respeito às diferenças e aos diferentes. Palavras-chave: formação de professores; inclusão; diferenças; surdez; Libras.
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